Vango #1: Entre o Céu e a Terra, de Thimotée de Fombelle

9788506077481Titulo: Vol #1: Vango - Entre o Céu e a Terra
Autora: Thimothée de Fombelle
Editora: Editora Melhoramento
Ano: 2015
Páginas: 350 páginas
Tradução: Maria Alice Sampaio Dória
Classificação:  5/5 | Adicione no Skoob 
Salvar a pele e, ao mesmo tempo, descobrir a própria identidade. Este é o grande desafio de Vango, o jovem herói do novo romance do escritor francês ‘Timothée de Fombelle’. Ao ler esse thriller histórico, ambientado no conturbado período entre as duas grandes guerras mundiais, somos impelidos a fugir com Vango pelos cinco continentes, num clima de absoluto perigo e suspense. Este rapaz órfão de 19 anos desconhece sua origem assim como desconhece a motivação do franco atirador que, além da polícia, está em seu encalço. Deparamo-nos com Vango na solenidade em que ele e outros seminaristas seriam ordenados padres na suntuosa catedral de Notre-Dame, em Paris. O assassinato do padre Jean, seu protetor, desencadeia a perseguição ao rapaz, que empreende uma fuga espetacular ao escalar nada menos do que os famosos vitrais da catedral. Essa cena é apenas um exemplo do clima de perseguição e aventura de que é feita toda a narrativa, quando acompanharemos nosso protagonista em situações e lugares improváveis – como um intruso escondido num caça da SS, galopando nas Terras Altas da Escócia, dependurado num vulcão italiano ou sobrevoando o Brasil e vários outros lugares num zepelim. O fracasso em não ter sido ordenado padre deixa nosso herói arrasado, mas a jovem Ethel fica bem feliz. É ela quem vai ajudar Vango a provar sua inocência e descobrir sua identidade. Também fazem parte da saga outros personagens marcados por vidas cheias de segredos, como Mademoiselle, a Senhora Poliglota e sem memória com quem Vango é salvo do naufrágio na costa da Sicília aos três anos de idade e Hugo Eckner, personagem verídico, comandante alemão do Graf Zepelin, esse grande dirigível que fascinou o mundo nas primeiras décadas do século XX. Outras personalidades incorporadas à história são Joseph Stalin, sua filha Svetlana e Adolf Hitler.


Um menino que parece um passarinho e que acaba de ser acusado de assassinato. Vango é um garoto corajoso que vive no período da segunda guerra mundial e que nasceu em meados da primeiro. Mesmo nesse ar turbulento a vida de Vango na maior parte do tempo foi calma, porém numa manha um homem é encontrado morte e todos acusam uma unica pessoa; Vango

Não foi só pela mistério que envolvia toda a trama desse jovem que o livro me despertou o interesse. Foi também pela escrita, que além de não ser tão simples quanto o esperado, é de tal leveza que te conduz sem ao menos perceber por um período muito turbulento e cheio de histórias; a segunda guerra mundial.

O livro se passa, em suma, no período que marcou milhares de pessoas, porém o foco não é ele. O centro do livro é Vango e sua incrível habilidade de fugir de situações complicadas e de todos as perguntas que envolvem o passado e a vida desse menino. Quem ele é? Para onde vai? De onde veio? 

Na maior parte do tempo Vango não fala. Os personagem e a história falam por ele. É incrível a comparação entre o protagonista e a história que lhe cerca. O garoto é calado, acanhado, e a escrita da história leva isso com ela. Não vemos tudo pelos olhos do jovem. Não acompanhamos todos os passos dele, porém sabemos sempre onde ele está e o que ele faz.


Com uma escrita de tirar o fôlego e que nos fascina, esse escritor parisiense nos faz viajar nos mais incríveis e empolgantes acontecimentos da história, acompanhados por uma visão totalmente nova e inusitada. Amei conhecer a estória de Vango e de todos os que lhe cercam. Não aguento mais esperar pelo próximo.


As escolas poderiam muito bem adotar este livro para conversar sobre personagens marcantes que aparecem durante o enredo. Stalin, Hitler e Rudolf Diels são alguns que aparecem casualmente, e sem grandes destaques, no decorrer do livro, entre muitos outros que confesso, eu desconhecia. Então acredito que muitos estudantes tenham à aprender com a escrita. Uma boa pedida para novos métodos escolares.


Comentários