A Quinta Onda, de Rick Yancey

Na semana passada estreou o filme A Quinta Onda nos cinemas brasileiros. Fui assistir ao filme e como adorei a história, fiz o que todo bom leitor faria: procurei o livro no que foi baseado e comecei a ler.

A Quinta Onda é uma história de ficção baseada em uma invasão alienígena, que começa como uma visita silenciosa, e que se torna uma estratégia de extermínio da raça humana, Cassie é uma jovem comum do ensino médio, muito próxima ao irmão caçula Sammy, e com uma paixão platônica por um colega de escola. Tudo parece bem comum, até a chegada de uma Nave Mãe, que sobrevoa a atmosfera da Terra e não parece querer contato com os humanos.

Então surge a 1º Onda, acabando com toda a forma de energia e causando centenas de mortes. A 2º Onda, uma tragédia ambiental, e a 3º Onda, um vírus mortal, dizimam a raça humana drasticamente e comprovam que os visitantes possuem apenas um objetivo: acabar com todos os moradores do planeta. Os poucos que sobraram ainda devem lidar com conflitos mais internos, quando percebem que a 4º Onda é o fato de os alienígenas estarem disfarçados entre os sobreviventes, provocando mais mortes e desconfiança.

Capa de 2ª edição do livro

Nossa protagonista Cassie tem que lidar com uma série de obstáculos enquanto tenta sobreviver e reencontrar seu irmão Sammy. E lidar também com seus sentimentos contraditórios ao conhecer Evan Walker, um jovem sobrevivente, que a ajuda, mas que pode esconder um segredo muito perigoso.

O livro é narrado primeiramente pelo ponto de vista de Cassie, enquanto ela nos conta o que aconteceu com o planeta, e sua jornada até o presente. Acompanhamos seu amadurecimento através das situações, e a percebemos como uma garota muito forte e uma sobrevivente. O jeito como ela conta as coisas é profundo e muito real. É uma personagem que você quer ver como vai responder a uma próxima situação, e que você torce pra conseguir reencontrar o irmão Sammy.

Eu sou aquela que não vai fugir, não vai ficar, mas vai enfrentar. Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade. E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha.

Sammy é um garoto de 5 anos, que acaba separado da irmã Cassie, e podemos acompanhar um pouco dele através de um capitulo narrado por ele (um menino muito fofo), e também vamos ver outros capítulos através de Ben Parish. Um jovem, que como Cassie, sofreu várias perdas desde que os Outros chegaram a Terra, e que acaba alistado para treinar e combater os invasores.

O garoto chamado Zumbi fez a promessa, e, se ela não for cumprida, a guerra acaba. Não a grande guerra, mas a guerra que importa, a que se desenrola no campo de batalha de seu coração. Porque promessas são importantes. Agora elas são mais importantes do que nunca.

Também temos Evan. Meu caso de amor neste livro. Bonito, prestativo, e com uma ligação única com Cassie, que pode ajuda-la a reencontrar o irmão. Particularmente adorei os momentos deles dois, Não por terem seu caráter romântico, mas porque de forma geral, todos os pensamentos e conversas são sempre muito bem desenvolvidos, Profundos e até impactantes a vezes. O livro todos é assim. Mesmo quando Cassie está pensando com ela mesmo, sozinha na floresta.

Não fui eu quem salvou você — ele sussurra, os lábios brincando com meus cílios. — Foi você quem me salvou.

O livro é muito bem construído e troca de ponto de vista nos momentos certos. Possui seus momentos emocionais, mas também conta com ação e romance. Adorei ele, e já vou correndo ler o segundo livro O Mar Infinito, que também já foi lançado pela Editora Fundamento. O terceiro e ultimo livro da trilogia tem lançamento esperado nos EUA para primeiro semestre de 2016. E se o filme recém lançado fizer sucesso, pode ser que tenhamos mais de Cassie e seu grupo nas telonas.