A história gira em torno de Bobo, um filho de escrava fugida com um senhor de escravos, que nasceu e cresceu em um quilombo no meio da floresta. Mesmo com o fim da escravidão Bobo nunca teve desejo de se aproximar ou conviver com os brancos. Ele aprendeu desde cedo os costumes passados por sua mãe, que veio da Africa, e sobrevivia sozinho, morando na beira do rio local.
Bobo acabou virando um pescador local, solitário e calado, mas que era famoso por conseguir pescar os maiores bagres da região, e também conhecido por suas receitas de preparo ainda mais especiais. A vida desse pescador já mais velho seguia sem novidades até ele conhecer Nico. O filho do dono da fazenda local, e que acaba desenvolvendo uma amizade especial com Bobo.
Além de todo o conteúdo sobre escravidão, costumes que os escravos trouxeram para o Brasil e diversas receitas que também vieram, o livro trás o tema do boto cinza, um golfinho que se tornou simbolo do Rio de Janeiro, mas que durante os últimos anos sofreu com toda a poluição causada pelo homem.
Mulato Velho é um livro curto, com 104 páginas, mas ele é muito rico em fatos históricos, em retratar a realidade da época, e no ideal de passar a importância de se perpetuar, de se passar para gerações futuras, os conhecimentos que aprendemos com nossos antepassados. O livro também busca criar um consciência ambiental no leitor. E é muito interessante ler um livro que tem como objetivo educar, mas de uma forma interessante, utilizando da nossa identidade cultural. É uma leitura que eu recomendo.
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