MD ENTREVISTA: Rossana Cantarelli



Rossana Cantarelli é a autora de Apenas Respire, ela abriu espaço em sua agenda e nos concedeu essa entrevista. Conheça agora um pouco mais sobre essa autora e sua maravilhosa obra.

                       ●Para começar, nos conte  um pouco sobre a sua vida.


É muito difícil falar de mim, gosto mais de falar dos outros, risos. Vamos lá. Sou uma pessoas normal, com uma vida normal, casada, tenho um filho que é tudo para mim. Sou advogada e trabalho no jurídico do meu Estado. Sou gaúcha de Santa Maria

                      ●O que a sua família está achando de ter uma  escritora entre eles? Eles sempre souberam que  você escrevia ou foi uma  surpresa?


 Surpresa. Foi surpresa para mim também. Todo mundo ficou surpreso. Amigos de anos me questionaram. Mas acho que resolvi escrever agora porque tenho bagagem. Meu filho de 5 anos está enciumado, porque me disse que pessoas famosas moram no Rio de Janeiro e que eu iria morar lá. Ficou com medo de ser abandonado (risos). Meu marido me motiva demais , me dá muito apoio.
               

                     ●Quando você começou a  escrever Apenas Respire? O que te levou a tirar a ideia da sua cabeça e passa-la para o papel?


Eu estava numa fase da minha vida que eu precisava dar uma guinada. Como sou uma pessoa muito otimista, eu precisava achar uma solução. E foi então que meu marido me sugeriu escrever um livro, pois ele sabia que eu contava muito bem histórias. O livro foi descrito para mim, para eu vivenciar algo novo, não era para ser publicado. No entanto, foi ficando bom e mostrei para pessoas entendidas que me deram força para publica-lo.

                        ● Qual foi a sua principal inspiração para escrever Apenas Respire?


Eu queria que o livro falasse de música, porque gosto muito. Inspirei-me na banda americana Dream Theater, pois havia ido ao show no ano anterior e me encantado com o guitarrista. Achei que ele era o tipo de artista que minha personagem se apaixonaria. E é uma fantasia bastante comum entre as mulheres, um ídolo do rock. Mexeria com o imaginário feminino. Fiquei muito feliz quando essa banda esteve recentemente no Brasil e eu consegui que meu livro fosse entregue ao guitarrista. Ele adorou, achou o máximo e mandou me agradecer.


           ●Tem um pouco de Rossana em Isabela, isso é evidente, mas há  alguma característica dela que  você queria ter e vice-versa?


Eu não tenho a sua capacidade de superação. Eu sofro muito mais que ela. Ela é mais ingênua que a Rossana. Eu tenho mais certeza da minha capacidade profissional que ela. Ela tem umas inseguranças que eu não tenho.


           ●Seu livro toca assuntos considerados difíceis, como:  relacionamentos  extraconjugais, homossexualismo e outros. Como foi escrever sobre esses temas?


 Não os considero difíceis, mas necessários. Escrevi sobre a vida nua e crua, e não sobre fantasias românticas. Eu acho que assuntos assim devem ser mais abordados nos livros.
             
            ● Está ansiosa para que o seu filho cresça o suficiente para ler e  entender o que você escreve? Tem alguma ideia de como ele irá reagir?


Do jeito que ele é criado, vai achar tudo natural. Eu tenho um enteado de 15 anos que mora comigo e leu o Apenas Respire. Leu em 1 dia. Disse que foi um dos 3 melhores livros que leu em toda a sua vida.

          ●É certo que quando fazemos um trabalho como esse, críticas e  elogios vem de todos os lados, você teve receio em publicar o  livro sabendo que a maioria das pessoas  não sabia o que esperar de você, já que era a sua primeira obra?

 Sabe que não! Estou numa fase da vida que não me incomodo com as opiniões alheias. Eu sei que a unanimidade é burra, como disse Nelson Rodrigues. Não vivo da escrita, escrevo para viver. Não tenho obrigação com isso. Escrevi porque descobri que amo fazer isso. Adorei surpreender muita gente (risos).            
       
          ●Qual é a sensação que você tem aí ouvir as pessoas falando do seu livro? Livro esse que você nem imaginou que um dia seria publicado.


Confesso que ainda choro quando leio resenhas dele. Porque justamente não era para ser publicado. Percebo que as pessoas têm entendimentos que eu nem pensava quando escrevi. A interpretação é muito particular de cada um. Mas a aceitação está sendo fantástica. Teve pessoas que me agradeceram por eu ter escrito a Isabela. Como se fosse uma personagem que faltava na literatura. Pode isso? Risos. Fazer a diferença para as pessoas é a sensação mais incrível que senti. Teve gente que me confessou estar lendo o livro novamente porque não consegue deixar a Isabela ainda.
                   
           ●Apenas Respire é o seu primeiro livro e sempre terá um espaço especial no seu coração, mas podemos esperar por outras obras escritas por você?

Claro. Já tenho a continuação do Apenas Respire pronta. Também escrevi um terceiro, com outra história. Outra abordagem, mas claro que com assuntos "difíceis" como falou. Afinal, provocar o leitor a ler é minha ideia. Esses dois ainda não foram publicamos. E tem um quarto, infantil, que estou escrevendo a pedido do meu filho.
                     

           ● Há alguma frase no livro  ou então, alguma cena  específica, que te marcou de alguma forma? 

Eu gosto de muitas. Acho que todas as cenas de paixão são muito reais. Mas o final, ah o final é de cair o queixo.
                       
                             ●Uma palavra que defina esse momento da sua vida.

Surpreendente.

               

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