CRÍTICA DE FILME: ARTISTA DO DESASTRE

No dia 9 de Janeiro fomos chamados para a cabine de impressa de Artista do Desastre. Filme ganhador do Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia/Musical com James Franco,  também diretor de filme, então acusado de assédio entre as celebridades. Terá sua estreia no dia 25 de Janeiro de 2018 no Brasil.

Artista do Desastre é baseado no pior filme de todos os tempos; The Room. James Franco interpreta Tommy Wiseau e conta sobre o seu primeiro trabalho como produtor, diretor, roteirista e ator. Em diversas situações constrangedoras, que te fazem ficar com vergonha aleia durante boa parte do filme, o longa faz você rir do inicio ao fim, mesmo sendo uma piada interna tanto com o original quanto o adaptado lançamento desse ano.

A bizarrice, a falta de noção em tudo voltado para Tommy Wiseau, são sem sombra de dúvidas a principal motivação para o prêmio de James Franco. Além do visual e desarmonia com que o personagens anda, fala e se porta com as pessoas, tudo é estranhamente verídico quando no final do filme se revelam as cenas feitas durante gravação e do original The Room.

O que faz o filme ser esse potencial sucesso nos cinemas é, e enfatizo novamente aqui,  a forma como James Franco tratou seu personagem da mais perfeita performasse. Ele arranca gargalhadas nos momentos certos e faz o público se envolver na completa falta de sabedoria que Tommy tem com sua própria loucura. Uma cena chave que revela isso é uma das ultimas, quando Tommy percebe em meio a tristeza, como seu filme foi recebido de forma totalmente modificada da sua própria visão. 

Além disso, todo o elenco merece reconhecimento, Dave Franco que interpreta Greg Sestero, melhor amigo e contraponto de Tommy, tem seu destaque atuando como o jovem sonhador que no decorrer do filme amadurece diante das telas porém ainda com seus princípios e valores fieis (pelo menos é o que se sabe) até o final, confiando e estando do lado de seu melhor amigo. É o ponto de sanidade que Tommy tem durante todo o seu processo.