CRÍTICA DE FILME: O QUE TE FAZ MAIS FORTE




O filme da crítica de hoje foi exibido no Festival do Rio de 2017 e será lançado nos cinemas brasileiros na quinta-feira dessa semana, dia 08 de fevereiro. Programinha tranquilo para a quinta pré-Carnaval, hein? O Que te Faz Mais Forte ou Stronger, o título original, pode parecer uma comédia romântica pelo cartaz de divulgação que anda rolando pelos cinemas, mas passa bem longe disso.

A trama do longa gira em torno de Jeff Bauman, um norte-americano típico que é atingido por uma das bombas do atentado terrorista que aconteceu na Maratona de Boston de 2013. A introdução a esse evento é curta, antes dele sabemos bem pouco da vida do personagem principal. Por isso, o foco do filme é mesmo o atentado e seus desdobramentos na vida de Jeff, que acaba se tornando um exemplo de resiliência para os Estados Unidos e para o mundo todo (“Boston Strong”).

O Que te Faz Mais Forte (Stronger) é um filme que conta uma história real. Acho importante enfatizar isso, porque, por incrível que pareça, assisti ao filme sem saber. Acho que teria me emocionado muito mais se pensasse no enredo como algo que, de fato, aconteceu.



Surpreendentemente, o clima do filme não é aquele clichê de superação. Pelo contrário, seu enredo é bastante humano, cru: mostra os altos e baixos de um processo de recuperação ocasionado por um evento traumático e evidencia o quanto o ambiente em volta da vítima afeta diretamente nas marcas que ficarão dali para frente. É agradável ver que não existe uma romantização da desgraça, em alguns momentos parece essa a intenção, mas logo depois é possível ver a ironia envolvida.

O que me marcou, no fim das contas, foi o quanto um ato pode mudar várias vidas. O atentado terrorista não só modificou a vida de Jeff, como o de toda sua família e amigos, que passaram a orbitar em volta dele – como bem descreve uma das personagens. E não que Jeff tenha sido sempre muito bem tratado ou endeusado, mas virou foco de muitos daqueles que conviviam com ele, para o bem e para o mal.

Pode-se dizer, então, que o filme traz a realidade de uma tragédia de forma bem honesta e abre a vida real, de pessoas de carne e osso, com simplicidade e sem maniqueísmos. Ainda que trate do terrorismo, apenas tangencia o assunto, e não oferece acontecimentos extraordinários, mas expõe sem muitos floreios elementos cruciais da natureza humana. 

Clica aqui pra dar uma espiadinha no trailer que tá rolando nos cinemas.

Comentários

  1. Ainda não tinha ouvido falar do filme mas já estou interessada em assistir. Realmente, parece ser uma história que fica bem mais emocionante e envolvente se você sabe previamente que é baseada em fatos reais...
    Beijo!

    Sorriso Espontâneo

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