CRÍTICA | PARA TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI

Ultimamente a Netflix vem trazendo alguns filmes com gênero mais neutro, daqueles que dá para assistir no sofá da sala sem se preocupar com quem vai chegar de repente, e com essa premissa surgiu a produção de Para Todos os Garotos que já Amei

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A gente já sabe, mas sempre vale a pena lembrar que antes de existir um filme já haviam os três livros da autora Jenny Han (que inclusive aparece no flashback da cena do baile da Lara Jean!) e o longa conta exatamente o que se passa no primeiro livro da trilogia, puxando um pouquinho do segundo para deixar aquele gostinho de continuação no final. 

O filme conta a história de Lara Jean que escreve cinco cartas para seus crush’s mais intensos e que nunca as enviaria, porém alguém descobre e faz esse favorzinho para ela. O problema é que uma das cartas é para o ex de sua irmã mais velha que acabou de se mudar para a Escócia para estudar e o resto, é história! 

A produção em si do filme é uma obra de arte, primeiro, o que é aquela parede linda do quarto da Lara Jean?! E falando sobre pontos mais técnicos, a palheta de cores do longa-metragem formada por tons frios faz com que a fotografia dele seja linda, trazer uma ideia de calma e super atual, além da trilha sonora parecer ter sido escrita só para um dia entrar naquelas cenas!

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Um ponto mais do que positivo do filme é que ele teria tudo para ser bem politicamente incorreto, como rivalidade feminina, machismo ou insira aqui o que mais tinha em filmes adolescentes do passado ________ , porém por ter sido produzido nos dias de hoje ele conseguiu trazer as situações do livro da maneira mais respeitosa e realista possível. Além de tudo a questão do filme não é problematizar nada e até os momentos de tensão tem um alívio cômico, porque para mim o filme tentou ser a cara da protagonista que afinal é calma, na dela, ama ler e definitivamente não sabe bem como contatos sociais funcionam! 

Outro ponto a citar é a questão de Lara Jean ter traços coreanos, ser filha de uma mãe coreana e um pai americano e é claro, ter sido criada por uma autora que tem todo o direito de se aprofundar nessa questão e o livro mostra alguns momentos mais explícitos sobre isso do que o filme. Porém, foi o que eu falei ali encima, o filme não tinha a pegada de problematizar nenhuma questão e sinceramente também funcionou bastante, porque infelizmente não é tão comum termos papéis principais de “minorias” e termos tido Lara Jean como uma menina de descendência coreana e não ter puxado para nenhum tabu também mostra que ela é apenas mais uma menina normal do ensino médio. 

Falando um pouco mais sobre a autora, ela é simplesmente a rainha das trilogias. Além dessa que agora todos já conhecemos, ela também escreveu a “Trilogia Verão” publicado aqui no Brasil pela Galera Record e “Olho Por Olho” pela Novo Conceito. A Jenny Han costuma escrever new-adult e por mais que ela tenha muitos livros publicados e na lista de best-sellers mais vendidos do The New York Times eu fico feliz que um de seus livros com uma protagonista mais autêntica tenha sido o que mais se popularizou nas duas plataformas. 

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Para finalizar esse papo, Para Todos os Garotos que já Amei é daqueles filmes que você vai amar rever mil vezes e que serve para todas as idades, se você é adolescente você se identifica ou se já tá mais pra adulto você se diverte relembrando essa época de inconstância, porém sem aquele peso de antes, porque afinal não é mais com você e você descobriu que essas coisas fazem parte da vida e alguma hora passam

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