CRÍTICA | Pé Pequeno

Pé Pequeno me surpreendeu e eu vou te explicar o porque. 

Hoje o MD foi convidado para ir na pré-estreia de Pé Pequeno que vai estrear amanhã (27/09) nos cinemas, e para a minha surpresa ele não é só uma simples comédia para se assistir com a família. 

O filme se passa em uma aldeia de yetis, os famosos “pés grandes”. Mesmo sendo primitivos eles já tem algumas consciências básicas do mundo, ou melhor, do mundo deles, e quando Migo vê um humano ele repensa algumas das crenças e teorias de seu povo por não conseguir ignorar os fatos. 

A verdade é que essa animação da Warner foi muito bem pensada e pode ser considerada uma daquelas novas levas de histórias pra crianças de hoje em dia, que já estão aprendendo desde cedo a desenvolver um senso crítico desde a infância, diferente das gerações passadas. Tendo um humor infalível, mas até clichê, Pé Pequeno também tem referências a Senhor dos Anéis, PAC-MAN e muitas outras nerdisses que a gente adora.

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Mesmo tendo alguns momentos previsíveis e também ser um musical, o que para mim era desnecessário,  o longa te ensina tudo de uma forma leve e ainda proporciona momentos de risadas e críticas. Logo quando o filme começa e Migo vê o "pé pequeno" ele vai contar a sua aldeia que não acredita no que ele diz e nesse momento foi impossível não lembrar do Mito da Caverna de Platão que fala, basicamente, sobre só aceitarmos nossa visão de mundo como a correta e que só acreditamos em algo quando nós mesmos o vemos. Depois da descoberta do personagem conseguimos ver o ensinamento principal do longa, o de sempre questionar e isso me faz pensar que esse é um daqueles tipo de filme que quando as crianças o assistirem no futuro vão finalmente entender o quão inteligente ele é.

Outra coisa que eu notei assistindo essa animação é que sempre que outra espécie inteligente aparece em uma história elas são retratadas como inferiores a nós, seres humanos, e que é hilário pensar que nós mesmos nos colocamos nessa posição de superioridade entre as demais espécies que possam hipoteticamente existir, e que elas sempre são comparadas a animais (inclusive, Migo não consegue se comunicar com o humano, mas entende perfeitamente um urso que aparece no meio da trama(?))


Outro tópico que o filme critica é como a integridade de um jornalista mudou muito com o avanço da tecnologia e que as pessoas de hoje preferem o fútil ao informativo. Enquanto Migo está tentando provar sua tese para os outros de sua especie Percy, um jornalista amante da biologia tenta de tudo para voltar a ser reconhecido, até mesmo inventar que pés grandes existem. 

Por fim podemos dizer que esse filme sem vilões, com grandes vozes como Channing Tatum, Zendaya e James Corden e grandes ensinamentos é super válido para todas as idades. Ah e se você tem filhos, não esqueça de proporciona-los essa experiencia!

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