Amor
no ninho
Eu particularmente vou começar dizendo, que amo histórias
com amor que começa na infância e cresce junto com as pessoas. Então digo que
tinha certa expectativa com esse livro.
Vou começar falando das fases dos personagens. Marina e
Daniel, se conhecem quando ela tem apenas nove anos. Ela perde os pais em um
acidente de carro, e vai parar um orfanato, ela então é adotada pelos Harrison,
se torna parte da família. Porém, seu novo irmão, imediatamente a faz sentir
sentimentos que nunca a menina havia sentido em sua vida.
Bom, vou dizer que achei isso um pouquinho forçado, pois
a autora coloca pensamentos e sentimentos muito adultos em duas crianças.
Principalmente Marina, que parece ter muita consciência para uma menina tão
jovem. Em pouquíssimo tempo ela entende não só que ama Daniel, aquele que
deveria ser seu irmão, mas, que não pode confessar seus sentimentos pois se não ela poderia ser não só rejeitada
pelo garoto, como pela sua nova família.
Os anos se passam, e os garotos crescem feito irmãos. E
na adolescência além dos hormônios, sentimentos estranhos brotam em Marina. O
desejo de tocar seu “Irmão”, de beijá-lo a deixa confusa.
“Ele estava deitado na cama, com ventilador de teto no
máximo. Aproveitei para me aproximar e num impulso o abracei, deitando ao seu
lado. Ele ficou imóvel”
Ela quer ficar cada vez mais próxima dele, e isso
confunde cada vez mais seus já confusos sentimentos de garota adolescente.
Os anos passam e assim como fisicamente, o sentimento da
jovem cresce em seu peito. Ela esconde de todos o que realmente sente por
Daniel, e sofre em silencio por esse amor platônico. Vendo seu irmão com outras
garotas, já que Daniel ingressa na carreira de ator e começa a fazer sucesso. E
como esperado muitas garotas se interessam por ele. E isso a magoa e irrita.
Então, com a ajuda de sua melhor amiga Shanti, elas armam
um plano para enlouquecer Daniel. O que inclui Marina usar roupas curtas e
coladas, e jogar charme para outros rapazes. O plano vai muito bem, ela
perturba Daniel de tão forma que ela começa a demonstrar ciúmes. Porém, em um
acesso de covardia, Marina desiste de tudo e decide esquecer o que sente por
seu irmão adotivo e partir para outra. Ela já tem um homem em mente e se
arrisca com ele. Em uma festa, em homenagem ao filme de Daniel que está fazendo
muito sucesso, Marina está muito alegre – depois de alguns copos de champanhe –
e dançando com ele, sensualmente, chama a atenção de seu irmão adotivo.
Claramente enciumado, e possesso, Daniel arranca Marina
da dança sensual com o “francês”, e a tranca no banheiro feminino. Ele a ataca
com beijos lascivos e quentes. E finalmente confessa seus sentimentos pela
garota, que fica chocada, mas, explodindo de felicidade.
Eles confessam seu amor, e decidem, que pelo bem de todos,
vão esconder seus sentimentos e seu namoro. Pelo menos até que Marina tenha
idade de sair de casa, e seja maior de idade. Tudo vai se complicando, pois, os
dois não aguentam esconder o que sentem por muito tempo. Então, eles bolam um
pequeno e mirabolante jeito de “pertencerem” um ao outro. Enganando os pais
eles se casam no Taiti e consumam seu tão grande amor.
Quando voltam de uma mágica e maravilhosa lua de mel,
tudo volta a se complicar, pois, novamente eles tem que fingir ser irmãos. Os
dois acabam decidindo contar a verdade, e chocam a todos. São rejeitados pelos
pais, e hostilizados pelos que são incapazes de intenderem seu amor. Tudo vai
se complicando e ficando cada vez pior, com os dois tentando aceitar e se
conformar com os obstáculos que lhe são impostos ao longo do caminho.
Uma grande tragédia, no entanto, pode mudar toda essa
história de amor.
Há história tem uma sequência, e fiquei curiosa para
saber qual será o destino final desses dois jovens tão apaixonados. Gostei da
história em si, a construção dos personagens, mas, particularmente – em minha
opinião sincera – senti que faltaram alguns elementos que dariam mais realismo
a história, além, de não ter me apaixonado pelos personagens, acredito pois
tenho um visão muito critica sobre as personagens femininas que sejam frágeis e
indefesas, sempre precisando de um homem que lhes ampare.
Parabéns a autora Maribell Azevedo, pois sua escrita é
fluida e muito leve. Sua história é tocante, e muito romântica.
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