RESENHA | O Tipo Certo de Garota Errada, de A.C. Meyer

 
Tinha tempo que eu clamava por uma personagem tão determinada e dona de si como Manu. Obrigada A.C. Meyer por isso.
Mari Martelote, Maravilhosas Descobertas 

Malu é daquelas jovens que só quer viver a vida feliz. Daquelas que passa na rua e tá sempre com um sorriso no rosto, espalhando alegria e cativando as pessoas ao seu redor. Divertida e cheia de vida, ela só quer saber de pintar, mas, por pressão familiar, acaba seguindo a carreira que seu pai resolve pagar que ela siga; Direito.

Mesmo a contragosto, é nessa faculdade que ela conhecer Rafa. Um estudante mais velho de Direito que a ajuda a chegar na sua primeira aula e, a partir dai, viram amigos inseparáveis. Rafa começa a conhecer cada dia mais Malu e desvendar cada segredo que ela escondia por detrás daquele sorriso. Só ele sabia o quanto ela sofria por conta do relacionamento com sua família, só ele sabia o quanto ela tinha medos e dúvidas, só ele sabia o quanto ela era forte por segurar aquela alegria por onde ela passava.

Malu sempre se colocou na frente de tudo para proteger quem ela amava, mesmo ela não sabendo nada de amor. Para ela o amor é sempre passageiro, machuca, magoa e ela não quer nada disso para ela. Por isso vive a vida completamente solta. Solteira e cheia de determinação em suas relações. Mesmos ainda não tendo se entregue para nenhum homem, isso não era problema para ela. O importante era não se apaixonar, apenas viver um dia de cada vez. 


"Eu não sei o que vai acontecer dali em diante, mas, desde que posso me lembrar, essa é a primeira vez que tenho uma chance real. [...] De ser feliz."
Malu, "O Tipo Certo de Garota Errada"

Eu podia falar aqui sobre o relacionamento dela com o Rafa. Podia mesmo falar o quanto eles se envolvem e descobrem o amor durante o livro, porque nenhum dos dois sabe muito bem o que o "amor" significa. Tanto um quanto outro desconhecem, por milhares de motivos, o que é de verdade um relacionamento saudável e descente. Nenhum dos dois teve pais ou parceiros tão bons para se espelhar e isso acaba se tornando um trauma na vida deles.

Mas o livro não é sobre isso. É sobre o AMOR. Não só aquela amor carnal e desejo que a gente volta e meia sente. É sobre o amor em todos os seus formatos; o amor apos a morte, o amor familiar, o amor perdido, o amor arranjado. E é também sobre o quanto tempo a gente perde por motivos fúteis como, por exemplos, não saber amar ou, até mesmo, uma briga besta pela profissão que a sua filha resolve seguir. 

É tão maravilhoso ler todos esses tipos de amores em um só livro que eu fico até desnorteada e ansiosa para ler os próximos livros da série As Garotas. Porque sim, esse é apenas o primeiro livro dessa série. E eu espero muito que a gente conheça mais histórias de personagens que já nos foram apresentadas. Porque eu preciso saber mais sobre a mãe do Rafa e sobre a Clara, no mínimo.

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